quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Depoimento espontâneo 25!

“Desde o ano de 2001 fiquei deslumbrado e envaidecido quando tomei conhecimento que o Centro de Convivência do Idoso, através da Prefeitura Municipal de Campo Grande, firmara uma bem-sucedida parceria com uma escola da área central da cidade.

Fiquei radiante e maravilhado com o projeto cujo objetivo seria integrar os jovens com os idosos através da informática.

É bom salientar que o idoso não teve oportunidade e privilégio de estudar essa ciência moderna, pois o acesso à escola na minha época era bem difícil e não tive, a exemplo de outros idosos, a boa sorte de ter acesso a um computador.

Tenho a consciência de que esse curso não me levará a ser verdadeiro especialista na área, mas o que me emociona, me estimula e eleva a minha auto-estima é a convivência amorosa, a empatia compreensiva e altruísta dos colegas, dos monitores e do professor.

Essa troca de experiências, como afirma o nome do projeto, “Integrando Gerações”, me leva a ser valorizado e realizado pessoalmente.

Depois desse projeto não existe mais motivos para que o desânimo, a ociosidade e a discriminação tomem conta do meu ser, pois já está mais do que comprovado que não somos mais um peso para nossa família.

O idoso até bem pouco tempo era acomodado não por conveniência mas por foca do progresso, estava completamente alheio às tecnologias, por não ter ninguém que o ensinasse. Evidentemente sonhamos com um mundo melhor para todos e até que se prove o contrário a tecnologia esta aí exatamente para isso e o idoso estava à margem de tudo isso.

Certamente, temos o dever de não deixarmos de sonhar e que nosso sonhos devem sempre vencer as irreverentes dificuldades da vida. Já não desejamos desperdiçar nosso tempo com coisas fúteis, e sim queremos viver integralmente. Agradeço a Deus pelo Projeto Integrando Gerações - Informática na Terceira Idade.”

Adelino Bíscuola, 71 anos, aluno da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Depoimento espontâneo 24

A minha história nesse projeto até parece uma novela.

Tudo começou quando meu professor de informática entrou na sala de aula nos comunicando sobre à abertura das inscrições para atuar como monitor de informática no Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”. Na hora, não sei, deu uma vontade enorme de participar, pois eu tenho uma relação muito boa com a minha avó. Gosto de ouvir as conversas e historias que ela conta e por isso passei a gostar também de ficar mais próxima de pessoas mais velhas, principalmente as da terceira idade. E aí achei que essa era a oportunidade de ouro de poder compartilhar um pouco do meu “mundinho” com os idosos e, eles das suas experiências de vida para comigo.

Desejava imensamente poder passar tudo o que eu sei de informática para outra pessoa, pois tenho certeza que o pouco de conhecimento que possuo iria fazer uma grande diferença na vida deles, dos idosos. Com esse desejo em mente, fui adiante, me informei melhor sobre o projeto e me inscrevi. Nossa! Veio um monte de papel para eu ler, responder e assinar, junto com meus pais. Na hora até assustei, mas foi muito bom acontecer isso porque causou-me uma bela impressão de início: tratava-se de um projeto extremamente sério. Nessa etapa, o preenchimento das fichas, meus pais foram fundamentais. Eles me encorajaram muito e me fizeram “mergulhar de cabeça”.

Afirmei para mim mesma que ia dar tudo de mim, fazer o possível para ensinar e aprender.

O primeiro dia de aula foi de muita ansiedade, pois não imaginava como seria a receptividade de ambas as partes. Eles já estavam todos diante do computador quando nós – os monitores, entramos. Senti um frio na barriga quando vi pela primeira vez aqueles olhinhos a espera de um novo amigo, de um novo futuro, de uma esperança. Eles é quem deveriam escolher a um de nós para ser seu companheiro e orientador até o final do ano. Foi quando uma senhora apontou para mim e, nem acreditei, pois quantidade de monitores inscritos era bem superior a de alunos. Fui ao encontro dela, nos apresentamos e ficamos conversando, segundo a orientação do professor, durante a tarde inteira pois fora reservada especificamente para essa finalidade.

Fomos nos conhecendo e tiramos de vez a impressão de medo, de angustia, de insegurança e de incertezas. Tudo foi se transformando em calmaria, carinho, amizade e confiança. Ela até me confessou que eu já teria ganho um espaço em seu coração. Com isso, pude descobrir mais a fundo suas dificuldades, alegrias, tristezas, enfermidades, família e comportamento.

Após o encontro daquela tarde, resolvi dividir a minha satisfação e felicidade com alguns amigos e, muitos riram, disseram que era besteira e perda de tempo o que eu estava fazendo. Não dei nenhuma importância para os comentários porque aquele sorriso daquela senhora ficara na minha memória desde a primeira vez que a vi e eu tinha um compromisso de fazê-la mais feliz: eu tinha de ensiná-la até o final do ano, ficar ao seu lado, dar o melhor de mim até a sua formatura e quem sabe continuar por muitos e muitos anos.

Chegado o período de férias, guardei a fotografia tirada no ultimo dia de aula: eu, ela e seu esposo (que também participava do projeto), com todo amor. Prometemos uma a outra que no ano seguinte iríamos continuar juntas. E no ano seguinte, no primeiro dia de aula do projeto, o qual não afirmo que me arrependo, mas poderia ter sido diferente. Os alunos deveriam novamente escolher seus monitores e lá estava a minha aluna do ano anterior. Mas, uma outra senhora escolheu a mim antes de chegar a vez da minha antiga aluna, o qual não pude negar.

Eu precisava consertar de alguma forma aquela situação pois ela ficou sendo conhecida como a minha aluna verdadeira. Então, passei a ensinar, com a mesma dedicação e interesse, a minha nova aluna, pois seria como a minha mãe disse: você vai conhecer uma nova historia de vida, é outra pessoa que precisa de você. E foi assim, descobri novos jeitos de pensar, novas dificuldades e carências.

Durante algum tempo fiz questão de atender paralelamente a minha aluna anterior. Ainda bem que eu estava presente na sua vida em dos momentos mais difíceis da vida dela: o falecimento do seu querido esposo. Foi triste, ela ficou arrasada, pois ele vinha a todas as aulas juntinhos. Senti-me com uma sensação de incapacidade, não conseguia dizer nada, mas o meu coração estava partido por dentro. Abracei-a e, esse ato valeu mais do que todas as palavras que eu pudesse ter dito. Eu pude conhecer intimamente o casal, já fazia parte da família.

Passei a ter um carinho, um amor e atenção toda especial com essa aluna, mesmo eu tendo a minha aluna nova e ela, a sua monitora. Enfim, nós quatro tornamo-nos verdadeiras e inseparáveis amigas, além da relação monitor e aluno.

Senti que após participar do projeto eu estava crescendo e aprendendo, pois minha família passou a me elogiar frequentemente dizendo que eu estava mais paciente, mais interessada por causas humanas e respeitando mais as pessoas. Estava mais sociável, sabendo a hora de ouvir e de falar. Passei a prestar atenção e valorizar os pequenos detalhes da vida, penso mais antes de agir e de proferir palavras, estou mais sensibilizada com os problemas da terceira idade.

Até o meu rendimento escolar melhorou depois dos conselhos das minhas alunas. Os conhecimentos de informática os quais julgava serem suficientes, também pude adquirir novos e por esforço próprio pois alguns exercícios tive de aprender na hora para eu poder ensinar com mais segurança.

Estou muito feliz, tem sido um aprendizado constante na minha vida, em todos os sentidos. Continuo no projeto para ensinar e aprender. Considero o Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” como uma família, pois sei que com eles eu posso contar e vice-versa. A grande certeza que carregarei por toda a minha vida é que, em algum momento dela eu fui muito importante na vida de outras pessoas, principalmente sendo útil e contribuindo para o crescimento e conquista de um mundo melhor.

Ana Laura Mariano Trivellato, 15 anos, Monitora de informática, Campo Grande – MS, 2007.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Depoimento espontâneo 23

A Fundação Manoel de Barros (FMB) reconhece a importância e relevância social do projeto intitulado “ Integrando Gerações – Informática na Terceira Idade” desenvolvido pela “instituição de ensino” com sede em Campo Grande-MS.

Com o desenvolvimento desse projeto, o segmento da Terceira Idade no município de Campo Grande/MS está acessando um direito que possibilita a inserção social por meio de atividades inovadoras e complementares, as quais são desenvolvidas por alunos do ensino “fundamental” e médio da escola, sob a supervisão e coordenação de professores, todos voluntários.

...a FMB apoiará a execução do referido projeto na implementação de novas atividades com a doação de equipamentos de informática os quais possibilitarão atividades práticas para os idosos participantes.

Por ser expressão da verdade, firmo a presente.

Ida Beatriz Machado de Miranda Sá, Presidente da FMB, Campo Grande-MS, 2005.
Trecho da Carta de Referência datada de 01/11/2005

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Depoimento espontâneo 22

“O Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” teve a sua origem quando da formalização de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS) e uma escola de ensino regular da área central.

E foi através do Centro de Convivência do Idoso - CCI, órgão vinculado a PMCG que fiquei conhecendo o referido projeto.

Moro ao lado do CCI e sou freqüentadora assídua das atividades promovidas por aquele órgão e por isso quis também fazer parte do projeto, que para mim tem sido uma maravilha em todos os sentidos na minha vida.

Mudei muito meu jeito de ser, para melhor é claro. A minha aprendizagem tem sido lenta, mas assim mesmo eu gosto muito de estar presente, afinal essa lentidão se deve ao fato da minha idade avançada.

Os monitores e o professor são ótimos para ensinar, gosto muito de todos eles, são muito bons, carinhosos e pacientes. São pessoas enviadas por Deus para nos ensinar e sou imensamente grata a Ele por isso.

Antes de conhecer o Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade" eu era uma pessoa parada, não fazia nada, a não ser os afazeres domésticos, como: passar, lavar, cozinhar, limpar, cuidar dos netos, entre outros. Ainda faço tudo isso, mas agora com muito prazer e alegria, por não ser essa mais a minha rotina.

Estou no projeto desde o ano de 2003 e quero continuar até quando eu puder ficar.

Fazer parte do projeto é uma terapia para a minha vida pela diversidade de eventos que ele me proporciona. Tive vários momentos emocionantes entre eles as quatro formaturas das quais participei, além dos vários prêmios conquistados em nível nacional.

O projeto é desenvolvido há sete anos e preciso deixar uma mensagem aos idosos da melhor idade do meu município e do Brasil: “não fiquem só em casa assistindo à televisão ou esperando a depressão bater. Faça alguma coisa para preencher o tempo, e uma das coisas boas que se pode fazer é pertencer ao Projeto Integrando Gerações - Informática na Terceira Idade.”

Doralfa Ferreira Yule (Dorinha), 68 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Depoimento espontâneo 21

Ao cumprimentá-los, manifesto a imensa satisfação da comunidade acadêmica da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP em participar do inovador Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”, juntamente com “essa instituição” e a Prefeitura Municipal de Campo Grande.

A projeção em âmbito nacional que o mencionado Projeto alcançou, com a conquista, em 2004, do Prêmio Talentos da Maturidade – 6ª edição/Categoria Programas Exemplares, destacando-se, em 2005, a sua posição de “Vencedor” no Prêmio de Tecnologia Social 2005, seguramente é o passaporte para o justo reconhecimento da ação desenvolvida em prol da Terceira Idade da comunidade sul-matogrossense participando do Prêmio ODM Brasil 2005.

A solidariedade e a responsabilidade social têm norteado as ações desse projeto que busca estimular o convívio dos jovens estudantes com os idosos da sua comunidade, auxiliando-os na descoberta de potenciais e re-elaboração de projetos de vida, reforçando a promoção de um envelhecimento saudável, com a valorização da autonomia na terceira idade e integração social.

Trata-se de um encontro de gerações, no qual os idosos têm descoberto um mundo novo, enquanto os jovens orgulham-se da sua participação ativa, potencializado por uma sistemática de atividades inter-geracionais em que se fomenta a co-educação.

Pedro Chaves dos Santos Filho, Chanceler (Ex-Reitor) da UNIDERP, Campo Grande-MS, 2005. Trecho da Carta de Referência datada de 07/11/2005

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Citação 01

O Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade", tem sido citado em diversas publicações relacionadas ao terceiro setor.

Então, além dos depoimentos, você passa a encontrar a partir de agora, a seção "Citações", pois o projeto é referência nacional no que diz respeito ao voluntariado juvenil e o ensino de informática para os idosos.

Veja abaixo o artigo publicado em uma revista altamente conceituada e especializada no assunto Voluntariado: (ver artigo à pagina 2)

Clique aqui para ler o Artigo Vovô Digital


Fonte: Revista Filantropia - Responsabilidade Social & Terceiro Setor, Edição 35, São Paulo, Brasil, 2008, editada pelo Centro de Voluntariado de São Paulo.

Depoimento espontâneo 20

“O Projeto Integrando Gerações Informática na Terceira Idade, para mim não só beneficia os idosos, como também os jovens e todas as outras pessoas que “trabalham” nesse programa de voluntariado, pois isso faz com que nós nos tornemos pessoas melhores interiormente, e além disso reforça o nosso aprendizado, quando o ensinamos para os idosos. Esse projeto além de integrar gerações também deixa um laço de carinho muito grande entre os monitores (jovens) e os alunos (idosos), como eu tenho com a minha aluna. Somos tão ligadas que eu a considero como minha avó, tanto é que eu até passei um natal (25/12/2005) em sua casa, e levei-lhe uma pequena lembrança, um vaso de flor, mas ela me deu um presente muito maior, a sua alegria de me ver, me chamando de minha menina, dizendo “não acredito que minha filhinha veio me ver, ai que bom que minha menina lembrou de mim”, e isso me deixou profundamente feliz, por descobrir que o carinho que ela sentia por mim era muito grande. Esse projeto proporciona relações gigantescas, tanto que eu não há considero apenas como minha aluna, e sim como minha avó, como eu já afirmei: não tenho apenas um carinho por ela, eu tenho um grande amor. Desenvolvo um papel de monitora no projeto, no qual eu participo desde quando eu entrei nessa “escola”, quando ainda cursava a sexta série (atual 7º.ano), e hoje eu estou no Ensino Médio. Apesar de parecer um pequeno espaço de tempo, esses anos em que participo do projeto, já evoluí muito como pessoa. Sinto a cada ano que passa mais vontade de continuar, pois a única vez em que eu faltei ao projeto, foi por motivo de doença, a minha aluna (Dona G.) ligou-me preocupada, pois queria saber o que tinha acontecido comigo. Meu grande incentivo de sempre estar presente às aulas do Projeto é saber que lá eu não encontrarei apenas o professor, os monitores e os alunos, é saber que lá eu encontrarei sempre uma grande família. A grande importância que esse projeto tem é a participação do jovem, pois é possível a integração da juventude com a turma da terceira idade, como o próprio nome do projeto diz: Projeto Integrando Gerações, Informática na Terceira Idade.”

Deise Lopes Coelho, 15 anos, monitora-mor, Campo Grande-MS, 2007.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Depoimento espontâneo 19

“Viver com qualidade é o melhor caminho para aqueles que sabem a importância de amadurecer com consciência.”

Quando a equipe pioneira do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” criou esse pensamento para o I Seminário Estadual do Idoso, em 2003 (no Mato Grosso DO SUL), não sabia ainda que ficaria na memória e na história da sociedade brasileira.

A “valorização do envelhecer” deveria ser preocupação de todos, principalmente daqueles que governam nosso país.

Através da parceria com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, acreditamos que é plenamente possível minimizar ou amenizar os dissabores, o constrangimento dos mais idosos nos sistemas de facilitação, como bancos, comércio, auto-atendimento e outros sistemas tecnológicos.

Os jovens têm o direito de aprender a discernir, criticar e avaliar as informações, para adaptarem-se ao mundo. Promover a integração da juventude com pessoas mais experientes é uma dádiva. Nós conseguimos esse “milagre”: o interagir de gerações, o agir de sentimentos, o entender dos relacionamentos, o “tocar” e o “trocar” de mãos, idéias e corações.

O Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” atingiu seu objetivo quando conseguiu entender que não se ligam máquinas, mas sim interligam-se emoções.
Hoje é sucesso, porque unimos a força da juventude com as experiências de professores, coordenadores e dos idosos, os alunos do projeto. Juntar a um só tempo o que o tempo criou como estigma, foi o portal para a realização.

Através da criatividade e da dedicação do professor Francesco, a nossa instituição entrega aos idosos uma equipe de alunos monitores, jovens sensíveis aos problemas sociais, atuando como voluntários e exercitando a cidadania.

Eis o nosso segredo, a nossa química: unir as duas pontas da meada. De um lado, o domínio do novo – a informática – o conhecimento de nossos jovens; de outro lado, o domínio sobre a vida – a experiência na caminhada – nossos idosos; no meio, uma mente brilhante de um professor colocada em prática, consolidada por mãos apontando apenas uma direção: o “clicar” em novos horizontes.

Em 2003, o Projeto Integrando Gerações adquiriu dimensões maiores e atravessou as fronteiras da “escola” para galgar outros terrenos. Sediou o I Seminário Estadual do Estatuto do Idoso (MS), graças ao reconhecimento e conhecimento do conteúdo sério e digno de respeito social direcionado pelo projeto. No mesmo ano, a instituição recebe o Certificado e o Selo “Escola Solidária” do Instituto Brasil Voluntário, órgão vinculado ao Ministério da Educação e Cultura do Governo Federal por apoiar causas de caráter voluntário.

Agradeço a Deus por este momento ímpar de nossa história e, em nome das instituições MACE e UNIDERP, agradecer ao Banco Real e a parceria com a Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Quando temos um sonho e o praticamos, ele torna-se realidade. Aqui estamos, com orgulho, recebendo o prêmio da 6ª edição do Concurso Talentos da Maturidade – Categoria Programas Exemplares 2004, sem deixar de dizer que chegamos a esse patamar de glória, não por nós, mas sim por sermos agraciados com as primícias do amor de Deus, capacitando a mente do professor Francesco, que sensibilizou a minha capacidade de compreensão profissional e que tocou com seu sopro de bondade o coração dos nossos jovens monitores, para que o projeto se consolidasse, virasse semente fértil e germinasse forte, assim como sempre foi o ciclo da vida. Obrigada!"


Discurso (não proferido) da Profª Reni Domingos dos Santos, Diretora Pedagógica da Moderna Associação Campo-grandense de Ensino (MACE), 2004, por ocasião do recebimento do Prêmio Talentos da Maturidade.

P.S.: Este discurso não chegou a ser proferido porque a professora decidiu que quem deveria receber o prêmio seria o idealizador e autor do projeto. E assim o foi.


Clique aqui!

"Comunidade Oficial Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade"

sábado, 5 de julho de 2008

Depoimento espontâneo 18

“Sabe-se que um projeto como esse nasce na mente de alguém que possui um ideal solidário, capaz de fazer valer suas boas intenções e projetar no coração de seus semelhantes tudo aquilo que ele guarda de melhor dentro de si: seu amor, seu carinho, seus conhecimentos, suas experiências, seu espírito altruísta, enfim, tudo o que de melhor e mais valioso envolve seu ser.

Desde que me senti adulta, ingressei-me nas fileiras daqueles que corajosamente lutam no campo da educação no Brasil, e uma vez completando o tempo de minha carreira profissional, não poderia permanecer parada à margem da vida, alheia aos acontecimentos inerentes a minha profissão principal.

Foi assim que imediatamente procurei algo que viesse completar o vazio que me restou, preencher o meu dia-a-dia e não apenas sentir o peso das contradições e contratempos que a vida naturalmente nos oferece. Tudo tem sua hora certa.

Através de uma conversa com minha irmã, Maria, tomei conhecimento da existência do Centro de Convivência do Idoso, e através deste, soube que desde o ano de 2001, foi criado o Projeto Integrando Gerações, fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS) e uma escola de ensino regular.

Para tudo que existe, há sempre um idealizador para iluminar o caminho dos demais que vêm em seu encalço. O mérito de tudo isso, devemos à pessoa do nosso ilustre professor de informática, autor do referido projeto. Quero lhe congratular em nome de todos os alunos da terceira idade que, testemunhando sua determinação e força de vontade, fez nascer e crescer no coração de cada um a semente da renovação e transformação interior, mediante o contato direto com o computador, até então considerados por muitos “um bicho de sete cabeças”. O computador é fantástico mas é o “homem” quem deve dominá-lo.

O nosso professor de informática propiciou ao grupo da terceira idade, alunos do projeto, a oportunidade de participar de uma das grandes invenções do homem, dando-lhes incentivo para viver mais intensamente. Esse projeto veio revitalizar e restaurar os ânimos enfraquecidos de muitas pessoas da terceira idade. Todas as atividades e todos os momentos proporcionados no projeto, para mim, são importantíssimos, excelentes, muito válidos para conhecer outras pessoas, fazer novas amizades, trocar experiências, enriquecer nossa mente com novos conhecimentos e aprimorar tudo aquilo que existe em nós.

Através de toda essa conjuntura tornei-me uma pessoa mais feliz, pois existe uma dimensão muito grande entre esse projeto e a vida das pessoas que dele compartilham, quer por parte da equipe de voluntários, quer por parte dos alunos participantes.”

Doracy Paniago Barbosa Miranda, 63 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Depoimento espontâneo 17 (áudio)

Ouça o depoimento de alguns integrantes do projeto na reportagem "Integrando Gerações" realizada no dia 06/06/2007 (quarta-feira) para o Programa Escola Brasil da Rádio Nacional, em parceria com a Secretaria de Educação à Distância // Ministério da Educação, do Governo Federal.

Para ouvir o trecho da reportagem sobre o Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade" (04:23 min), clique aqui!

Se você quiser baixar o Programa Escola Brasil do dia 06/06/2007, na íntegra (25:00 min), clique aqui!

Créditos:
Reportagem: Ana Cláudia
Fonte: Site do Banco Internacional de Objetos Educacionais


Importante!
Para abrir o link você precisa ter instalado no seu computador o programa Windows Media Player ou qualquer outro programa "player" de MP3.

sábado, 14 de junho de 2008

Depoimento espontâneo 16

A Universidade aberta para a Melhor Idade - ESPAÇO VIDA, que tem como objetivo promover uma melhor qualidade de vida aos idosos, vem através deste depoimento parabenizar essa instituição com a realização do Projeto Integrando Gerações – Informática na Terceira Idade.

Essa instituição, que há 35 anos vem sendo referência em educação de jovens, reforça com essa iniciativa, a sua preocupação social com todas as camadas da população campograndense.

Que esse Projeto sirva de exemplo à outras instituições, resgatando o respeito e a valorização da pessoa idosa e possibilitando-lhes plena integração na sociedade.

Sem mais, aproveitamos para renovar protestos de estima e consideração.

Sra. Leila Regenold - Diretora Geral do Espaço Vida – Centro Sênior de Cultura e Lazer - Trecho do Ofício 176/2005 de 4 de novembro de 2005.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Depoimento espontâneo 15

Como Parlamentar no Estado de MS pelo terceiro mandato e na vida pública há mais de 22 anos, tenho acompanhado o trabalho da “instituição de ensino” e sua trajetória de sucesso e bons serviços prestados ao longo dos 35 anos em que Campo Grande e o Estado vêm testemunhando sua importância no cenário educacional de nossa gente.
Tem contribuído com o crescimento e o desenvolvimento de gerações, desde a educação infantil até o ensino médio, sob a administração exemplar de grande expressão de sua diretora pedagógica.
Não limitando sua atuação e o espírito solidário de sua direção, tivemos a grata satisfação em tomar conhecimento da participação da “instituição” no Prêmio ODM Brasil 2005, onde o Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade" em parceria com a UNIDERP e a Prefeitura Municipal de Campo Grande, chega também entre os finalistas do Prêmio Tecnologia Social 2005.
Reconhecido projeto alargou o conhecimento de nossos idosos e aproximou-os do mundo tecnológico moderno, sem deixá-los à margem dessa grande revolução.
A terceira idade, com esse projeto, além do ensino de informática, teve acesso também a uma série de atividades e disciplinas que possibilitaram aos nossos respeitados cidadãos da maturidade, descobrirem potencialidades e exercerem a conquista de sua cidadania.
Em 2004 receberam o reconhecimento nacional como vencedor do “Prêmio Talentos da Maturidade – 6ª edição”, comprovando mais uma vez seu pioneirismo e espírito solidário que fazem “dessa escola” uma instituição sempre consciente de sua missão social tão bem praticada.
Assim, através desse depoimento, manifesto meu apreço e reconhecimento a projetos desta natureza, que vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento de nosso Estado, elevando a auto-estima de nossa gente e capacitando nossos jovens para um futuro brilhante, como todos almejamos.

Celina Martins Jallad, Deputada Estadual, Campo Grande-MS, 2005
Trecho da Carta de Referência datada de 31/10/2005.

Depoimento espontâneo 14

“Faz seis anos que estou nesse projeto e estou gostando muito. Sempre participei das atividades promovidas pelo Centro de Convivência do Idoso no centro da capital campograndense e foi lá que tomei conhecimento a respeito do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” desenvolvido em uma escola parceira da Prefeitura Municipal.

Sendo assim, procurei a escola para saber sobre as aulas de computação para idosos. Lá, fui convencida pelo professor, que também é o autor do projeto, que nunca é tarde para se aprender alguma coisa de bom, é só ter boa vontade.

Foi nesse projeto que comecei a estudar informática já estando com 67 anos de idade, pois quando eu era mais jovem não tinha nem computador e na minha juventude eu trabalhava na roça. Era um tempo muito difícil. Minha mãe dizia que “filha de viúva não podia ficar andando por aí no escuro para estudar e, que Deus a perdoaria por não deixa-nos estudar porque tínhamos que trabalhar. Depois de casarem sim, se o esposo quisesse e tivesse condições daí poderíamos estudar bastante”. Que engano! Pois, me casei cedo e fui morar em fazenda na fronteira do Brasil com Paraguai, longe de tudo. Para ir até a cidade, só a cavalo, não dava mesmo para estudar, o pouco que sei, que é ler e mais ou menos escrever, foi ensinado por parentes.

Por essas e outras razões amo muito o Projeto Integrando Gerações pois me dá a oportunidade que não tive e muito mais. Lá, a gente conhece pessoas e faz amizades com gente de todas as idades. Os nossos monitores são bem novinhos, todos na adolescência. Eles têm bastante paciência para com os idosos.

Antes do projeto eu era muito tímida e vergonhosa, ainda sou um pouco. Eu me solto muito mais agora com os meus amigos do projeto. Atualmente tenho 70 anos de idade e um pouco esquecida, mas todos têm paciência, carinho, atenção e respeito por mim.

Quando não dá tempo de terminar uma atividade o professor deixa para eu entregar na próxima semana, porque eu ainda não tenho computador em casa e moro longe das filhas que o tem. Nunca deixo de entregar as atividade que são passadas, mesmo que demore um pouco.

Eu ainda não sou aposentada e não posso comprar um computador para mim, mas no projeto, nós ganhamos tudo para estudar, todo o material escolar “novinho” a gente recebe, até a camiseta do uniforme nós ganhamos, não precisamos comprar nada, tem muita gente carente e com vontade de aprender. Me sinto mais jovem e feliz quando estou no projeto.”


Carmozina Trindade da Silva, 71 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

Depoimento espontâneo 13

"Eu, enquanto participante voluntário do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”, como o próprio nome diz, eu passo meus conhecimentos na área de informática para os idosos e ao mesmo tempo eles passam as suas experiências de vida e nós trocamos informações decorrentes do cotidiano.

Na minha opinião a criação desse projeto foi excelente, desde a seleção dos monitores (pessoas responsáveis), estrutura de sala de aula e outras atividades. Tendo aula de informática, os idosos ficam mais capacitados e perdem o medo dessa máquina denominada computado. Eu passo o meu conhecimento geral de informática para eles, tornando-os capazes de realizarem trabalhos simples de digitação de textos, formatação de textos, captura de imagens da internet, entre outros.

Estou contribuindo para a sociedade passando minha experiência de informática, e diminuindo a quantidade de idosos que ainda não sabem mexer no computador, eu tenho esperança de ajudar e ensinar vários e vários idosos(a), e com isso eu adquiro varias experiências, historias de vida decorrida naquela época dos idosos.

Esse tipo de participação, do jovem integrado com os idosos, não só na área da informática, mas em várias outras áreas, é o tipo de ação que engaja o jovem no meio social e educacional, e com isso, ajuda os idosos que não possuem computador e até os que possuem, a aprenderem mais um pouco sobre essa maquina que hoje está presente no mundo inteiro, e se formos unidos, seremos capazes de espalhar esses conhecimentos para o mundo inteiro e, depois de um tempo não existirá mais tantos analfabetos digitais no mundo e todas as pessoas, incluindo os idosos, poderão saber, entender, mexer e se virar com o novo, sendo assim, ter o seu próprio computador em casa.

Eu, enquanto jovem, participando como voluntário nesse projeto, estou pensando no bem das pessoas idosas, como foi descrito acima, não só eu, mas todos os participantes estão ajudando os idosos a trabalharem o cérebro para que no futuro não ocorram problemas mais sérios.

A melhor novidade é que os idosos, antigamente não possuíam computador e agora já estão recebendo o ensino da informática a que tem direito, conforme o Estatuto do Idoso. Por isso é válido dizer que, essa idade é o melhor estágio da vida!"


César Rutter Albuquerque Júnior, monitor-mor, 17 anos, Campo Grande-MS, 2007.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Depoimento espontâneo 12

“Conheci o Projeto Integrando Gerações, no ano de 2004 através do Centro de Convivência do Idoso que é um órgão de assistência aos idosos, mantido pela Prefeitura Municipal de Campo Grande – MS.

Logo que fiquei sabendo das atividades desenvolvidas por esse projeto me interessei em fazer parte por vários motivos. Primeiramente devido a credibilidade e conceito adquirido em nossa cidade, me ajudaram a ter confiança na seriedade do curso. Depois devido a possibilidade de conhecer um mundo novo e atual que é a informática, principalmente a internet. E por ultimo em razão do grande numero de jovens exercendo uma atividade de voluntariado, ensinando pessoas como eu a mexer no computador sob a orientação e acompanhamento de um professor.

Por vezes ficava imaginando como seria maravilhoso poder me comunicar com pessoas do mundo inteiro e das oportunidades de crescimento que isso me proporcionaria, além de mudanças em relação a minha maneira de ser e de ver a vida. Isto tudo o projeto me fez alcançar. Faço parte do projeto há três anos e estou adorando, pois foram vários os momentos emocionantes e de aprendizado que eu vivi.

Um desses momentos que eu posso destacar foi a primeira vez que operei sozinha o computador enviando e recebendo e-mails. Nem acreditava que aquilo era possível. Não posso deixar de citar também a emoção de saber que o projeto, que no inicio era uma pequena sementinha e que agora estava sendo reconhecido e ganhando vários prêmios nacionais de excelência. Me sinto muito orgulhosa.

Antes de eu entrar no projeto eu não tinha noção sequer da revolução tecnológica que vem acontecendo nos vários setores da sociedade. Fiquei surpresa de como é possível a aproximação das pessoas, mesmo estando distantes, através da internet. Parece que todos se conhecem e eu posso até me comunicar com outras pessoas do outro lado do país, o qual faço todos os dias de aula sempre que o meu monitor autoriza.

Depois desse projeto me sinto mais alegre e feliz pelas amizades que fiz na escola e pelo Brasil a fora e também pelo conhecimento que adquiri. Hoje a minha curiosidade despertou para que eu conheça mais sobre informática.”


Rosa Conceição da Silva Ribeiro, 70 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

Depoimento espontâneo 11

“Faço parte do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” há quatro anos e com isso me sinto novamente reintegrada à sociedade. Conheci o projeto durante uma conversa com uma professora. Amiga da família a muito tempo ela me falou do projeto que eu já tinha ouvido falar e me disse que era muito importante eu participar pois com certeza iria gostar porque era a minha cara.

Fiquei animada e fui na escola conhecer detalhes sobre o projeto, fiquei muito apaixonada que, até hoje nas férias eu sinto uma imensa falta das aulas. Eu, particularmente, me sinto muito feliz em todas as atividades que o projeto proporciona, tenho tido momentos inesquecíveis, fiz muitos amigos, que alguns deles até já freqüentam a minha casa, inclusive meu marido gosta muito deles.

Antes do projeto eu era uma pessoa depressiva, não saía muito de casa e era muito nervosa e irritadiça. Atualmente sou uma pessoa de bem com a vida, sou muito alegre quando estou fora ou na companhia de outras pessoas. Aprendi a gostar de gente graças ao projeto e cada dia que nasce eu agradeço a Deus pelos meus amigos, pelos jovens monitores que incansavelmente demonstram carinho e dedicação para conosco.

Eu era uma pessoa completamente ignorante a respeito de informática, pois via meus netos digitando e tudo o mais no computador e ficava pensando: “Ah! Se eu fosse mais jovem iria aprender a mexer nessa coisa!”. Hoje, graças a esse projeto eu já não sou completamente alheia à computação, sei entrar na internet, digitar, além de fazer uma coisa que estou amando cada dia mais, que é ajudar os meus netos nos trabalhos da escola.

Já pedi um computador ao meu marido, e assim que a situação melhorar vou ganhá-lo, sei que às vezes por causa da idade esqueço algumas coisinhas mas sei também que se eu ficar parada em casa, vai ser muito pior, então, quero ir em frente, adquirindo novos conhecimentos. Agradeço ao projeto e aos seus colaboradores tudo o que eles nos proporcionam.”


Derli Teixeira Hollender, 67 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Documentário: Projeto Integrando Gerações



Fonte: ABRAVÍDEO (2005, Brasília-DF)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Depoimento espontâneo 10

“O Projeto Integrando Gerações Informática na Terceira Idade é mais do que um projeto social, é uma verdadeira escola, onde você aprende e ensina. Nós, jovens monitores, passamos nosso conhecimento sobre informática aos idosos, estes, em retribuição nos tratam com muito amor e carinho.

Cada jovem orienta um idoso e nessa convivência cria-se um vínculo, uma amizade muito forte. No decorrer do projeto há também a troca de experiências, pois nele estão dois mundos envolvidos: o mundo dos jovens e o mundo dos idosos. Cada qual tem sua maneira de viver e de observar o lugar e as pessoas que os cercam. Com o vínculo criado fica mais fácil expor suas idéias e suas experiências de vida, trazendo tanto para jovens quanto para idosos um conhecimento que será útil para toda a vida.

Eu mesma já tive um rico aprendizado com a minha aluna, que me está sendo muito útil em vários momentos. Estava com problemas em casa, não tinha paciência com meus pais, ela me deu um forte abraço e sussurrou em meu ouvido: “Tudo o que seus pais fazem é pensando no seu bem.Tenha mais paciência com eles, pois eles te amam”. Isso ficou na minha cabeça e o meu relacionamento com meus pais melhorou muito, fazendo com que eles me apóiem cada vez mais a continuar no projeto.

Depois de entrar para o projeto comecei a ter mais respeito com meus avós. Antes tinha um relacionamento frio com eles, agora sou mais carinhosa e atenciosa. Segundo meus pais, com a participação no projeto meu comportamento dentro de casa melhorou muito. Passei a ser mais obediente e solidária, e assim tenho seu apoio constante e sempre me dão força para seguir em frente no projeto.

Outro fato interessante para se lembrar é como a auto-estima dos idosos melhora. Antes das aulas eles conversam animados, fazem novas amizades, contam histórias e se divertem. Conversando com os idosos percebe-se que todos dizem basicamente a mesma coisa: que o projeto os trouxe de novo à vida, sentiram-se valorizados e reintegrados à sociedade.

E, com isso fico muito orgulhosa de perceber que participo de um projeto de visão que busca reintegrar o idoso à sociedade e conscientizar o jovem da sua importância nessa ação social.”


Camila Dourado, 16 anos, monitora de informática, Campo Grande-MS, 2007.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Depoimento espontâneo 09

A Secretaria de Estado de Trabalho, assistência Social e Economia Solidária – SETASS por intermédio do Programa Idade do Saber, órgão coordenador da política do Idoso no Estado do Mato Grosso do Sul, parabeniza e credencia a “instituição de ensino” pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo através do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” desenvolvido pelos alunos de 6ª, 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 1° e 2° anos do Ensino Médio, que consiste no oferecimento do curso de informática, além de outras disciplinas e atividades, às pessoas da terceira idade.

É imprescindível o desenvolvimento de projetos como este, visto que a expectativa de vida da população idosa vem crescendo gradativamente, lembrando que entre os estados da região Centro Oeste, o Mato Grosso do Sul tem o maior percentual de idosos em sua população.

A coordenação deste programa teve o privilégio de participar da formatura de uma das turmas do referido projeto e na ocasião testemunhamos a alegria e ralização dos idosos e principalmente o carinho e orgulho com que os alunos do ensino fundamental transmitiam aos mesmos.

O presente projeto visa sem sombra de dúvida a valorização social, promovendo mudanças significativas na relação do idoso com a família e a comunidade. O diferencial desta ação está no compromisso social, que é com certeza a marca que esta instituição de ensino traz ao longo de sua trajetória.

Aproveitamos a oportunidade para reiterar nossos votos de estima e desejar êxito em suas atividades.

Osvaldo Ramos Miranda, Presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Campo Grande-MS, 2005.
Trecho do Ofício/SETASS/SUPAS/CAPS/IDSABER nº 045/2005

Depoimento espontâneo 08

Diante do conhecimento da iniciativa desta renomada instituição de ensino, que sensibilizou-me o trabalho realizado de Responsabilidade Social com o Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”, onde observamos por conhecermos os ganhos dos envolvidos: alunos e idosos. Através de contatos em que estabelecem uma grande relação de troca mútua de conhecimentos, sendo o aluno e a tecnologia sinal dos tempos atuais e o idoso acompanhamento deste tempo de evolução, sem conhecê-la/dominá-la.

A relação de troca estabelecida entre os evolvidos, está favorecendo a aproximação das gerações com fortalecimento de valores (solidariedade, respeito, tolerância, humildade), que atualmente nossa sociedade está carente.

Ressaltamos o pioneirismo, com essa iniciativa, marcando sua visão futurista, onde com a inclusão digital aproxima as gerações contribuindo para a superação das diferenças.

Agradecemos nossa participação e nos colocamos a disposição.

Zilda Catureba da Silva, Assistente Social e Gerontóloga, SESC, Campo Grande-MS, 2005
Trecho do Ofício datado de 06/11/2005.

Depoimento espontâneo 07

Com os nossos cordiais cumprimentos, parabenizamos essa renomada instituição de Ensino, pelos excelentes Projetos Sociais desenvolvidos, em especial, pelo Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”, que consiste no oferecimento do ensino de Informática, além de outras disciplinas e atividades, aos cidadãos da terceira idade de nossa comunidade.

Iniciativas como esta, não só integram esses cidadãos à nossa sociedade, sintonizando-os com as novidades e tecnologias atuais; mas cultivam em nossos jovens e adolescentes, o respeito, amizade e carinho que lhes devem ser dispensados.

Nesse período de vida desses cidadãos, o desenvolvimento de atividades intelectuais e o convívio com jovens, promove, com certeza, uma troca de experiências fantásticas, da qual os alunos da “instituição promotora” têm o privilégio de participar e mais ainda: preenche o tempo dessas pessoas e as faz sentir capazes e úteis, já que, através da informática, poderão conectar-se a outros mundos, com um número infinito de pessoas e desta forma, acabar com a sua solidão.

Por outro lado, ressalte-se ainda que, a abrangência e relevância desse projeto reside principalmente no ato de fazer com que os jovens e adolescentes sejam estimulados a praticar o voluntariado e o bem ao próximo, bem como os aproxima dos cidadãos da terceira idade, fato que, lamentavelmente, não é comum, nem natural, para os impetuosos jovens de hoje.

Isto posto, congratulamo-nos, mais uma vez, com V. Sª e equipe, pelo excelente trabalho desenvolvido, que nos dá a certeza de que, essa escola não se preocupa somente em formar estudantes, mas principalmente, em fazer com que seus alunos tornem-se verdadeiros cidadãos.

Colocando-nos sempre a inteira disposição para auxilia-los nessas atividades, aproveitamos o ensejo para renovar a V. Sª, nossos protestos de distinta consideração.

Akira Otsubo, Deputado Estadual, Campo Grande-MS, 2005.
Trecho do Ofício nº 597/2005

sexta-feira, 14 de março de 2008

Depoimento espontâneo 06

"O projeto todo se baseia na troca de experiências, conhecimentos, mundos, ações, amizade e principalmente o companheirismo que torna esse projeto tão especial. Gostaria de relatar aqui uma situação que eu não vou esquecer jamais em minha vida, pois foi algo muito marcante para mim, quanto para minha família também. Parecia que não iria passar de um simples churrasco, mas foi ali, naquele evento que começaria definitivamente minha amizade com Sr. J. M., meu aluno desde o ano de 2002.

Estávamos já no segundo ano juntos no projeto, quando eu pensei que poderia lhe convidar para um churrasco em minha residência. Combinamos e assim foi feito. Por ele não possuir um veículo próprio, pedi para que minha mãe fosse buscá-lo. Convidei também, sua esposa, a qual também participava do projeto na época. Foi o dia mais feliz da minha vida. Demos muita risadas, contamos histórias, ele nos mostrou algumas fotos em outras atividades que ele participa, que aliás, não são poucas.

E, no final do dia, ele foi conhecer meu computador, que estava todo aberto, devido a minha excessiva curiosidade. Ele viu como que funcionava realmente um computador, viu um outro equipamento diferente e resolveu que iria comprar um computador para ele também, para ver e-mails, navegar na Internet, fazer lições de casa que eu lhe proponho na sala de aula do projeto.

E assim o foi, o Sr. J.M. comprou um computador e, eu sabendo que agora ele tinha um computador em casa, tinha a missão de dedicar-me muito mais e foi exatamente isso o que fiz, proponho-lhe cada vez mais desafios, macetes para aprender coisas do dia-a-dia e também jeitos novos de estudar para a prova que temos semestralmente.

O projeto é uma coisa que eu vou levar, com absoluta certeza, como uma coisa a ser incluída no meu currículo e principalmente na minha vida, porque a facilidade que agora eu tenho para lidar com as pessoas, minha paciência, que já não era pouca, está a beira de não acabar nunca, e eu fico feliz com isso porque assim eu vivo bem, o Sr. J. M. vive bem, os monitores vivem bem, os alunos também vivem muito bem por ser agora um ambiente harmonioso e sadio para todos.”

Filipe Polina Affonso, 16 anos, Monitor-mor, Campo Grande-MS, 2007.

Depoimento espontâneo 05

“Eu sempre via na televisão falar a respeito de um curso de informática voltado exclusivamente para a terceira idade. Fiquei interessada, falei com meu esposo que seria interessante e seria muito bom a gente participar, mas ele sempre dizia que em nossa idade não tinha a menor graça.

Então, fui me acomodando, o tempo foi passando e ficou por isso mesmo. No ano de 2002 tomei conhecimento do Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade” através da minha irmã que já participava. Em uma tarde ela me ligou para conversarmos e daí surgiu o assunto e ela me falou que estava fazendo o curso de informática em uma escola da área central de Campo Grande MS. Ela me perguntou se eu gostaria de participar também, fiquei muito feliz com convite e pedi a ela para segurar duas vagas, uma para mim e outra para o meu esposo e me avisar a data do início das aulas. Ela me incentivou falando a respeito das aulas, dos jovens monitores, do professor, da escola e tudo o mais.

Fiquei esperando o começo das aulas e nesse tempo tentando convencer o meu esposo, que sempre dizia ser uma bobagem voltar a estudar na nossa idade, ainda mais informática. Dizia que não valia a pena, mas eu continuei insistindo, até que um dia ele me disse que gostaria de pelo menos experimentar.

Chegou o dia do início das aulas, conseguimos as vagas, fiquei muito feliz, ele também gostou, deu tudo certo e começamos a estudar. No começo, eu era muito tímida pois desde que me casei era uma pessoa muito submissa, fui criada para aceitar todas as vontades do esposo e continuei assim. Quando iniciamos no projeto foi muito maravilhoso pois tive a oportunidade de ter outros contatos com os demais colegas, com os monitores, foi muito bom a troca de experiências.

Me senti querida e aceita por ver tantos jovens com boa vontade e a atenção que o professor nos dispensava. Sendo assim, o projeto me fez ver o mundo de uma forma mais moderna, eu estava adorando participar, pois já não me sentia tão alienada, tão vítima das circunstâncias. Eu estava mudando de vida junto com pessoas amigas que nos trata com muito carinho e respeito.

No início não sabia nada de informática, agora passo horas teclando em salas de bate papo com minhas filhas e mandando e-mail e, até ganhei um computador!. Minha vida mudou para melhor, pois tenho mais convívio com outras pessoas, que antes era só com o meu esposo, amigos e parentes próximos.”

Maria Conceição Q. Saravy, 75 anos, aluna da Terceira Idade, Campo Grande-MS, 2007.

domingo, 9 de março de 2008

Depoimento espontâneo 04

“Participar do projeto dos idosos é uma experiência inesquecível, além de ajudar o próximo estou tendo um grande desafio.

Antes de participar do projeto, pensava que os idosos não conseguiam lidar com o computador, pensava que não eram capazes, assim como dirigir e praticar alguns exercícios, mas vi que não é bem assim, eles são tão capazes quanto nós. Com trabalho em equipe, compreensão e paciência eles conseguem lidar com o computador com muita facilidade.

Muitos não teriam condições de pagar um curso, apesar de ter grande potencial, muitos vivem de um salário mínimo (aposentadoria) e nunca teriam condições, por isso tenho orgulho de participar desse projeto, que alem de abrir novos horizontes, aumenta tanto a nossa auto-estima quanto a deles, e nos faz sentir que somos úteis, como estudante minha vida poderia se resumir a estudar, mas não... estou fazendo algo mais, estou ajudando o próximo e adquirindo experiência.

Gosto do projeto, principalmente porque não me sinto obrigada a participar e sim porque gosto mesmo, tenho prazer de ir, alem de não ser uma coisa monótona, não ficamos somente na sala, as aulas não se resumem apenas à mesa, cadeira e computador, fazemos passeios em diversos lugares e sempre são muito divertidos, a gente fica mais próximo de todos do projeto, não é cada um com seu idoso, é todo mundo junto quando temos passeios.

Gosto muito do projeto, sou aluna da escola há muito tempo, sempre gostei de participar das atividades escolares, mas nunca tinha participado de um projeto como esse, que visa somente ajudar o próximo, hoje em dia temos muitos exemplos de violência, pessoas morrendo sem motivo, muitos matam por pouco, acho que se as pessoas não fossem tão egoístas, não pensassem somente nelas, o mundo não estaria assim.

Ajudar ao próximo é uma coisa muito boa, você passa a ver o mundo de outra forma, sente que alguém necessita de você, e você se empenha ao máximo para ajudá-la, por isso que gosto de participar do projeto, sei que não vamos mudar o mundo de uma hora para outra, mas são com pequenos passos, como esse projeto que a gente começa a mudar grandes coisas, por isso, enquanto o projeto existir e eu puder participar, lá estarei, com muito prazer.”

Valéria Maia Azambuja, 16 anos, monitora de informática, Campo Grande-MS, 2007.

terça-feira, 4 de março de 2008

Depoimento espontâneo 03

"Participei da segunda turma do Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade", como monitora, na escola que o desenvolve em Campo Grande MS.
O projeto foi idealizado em toda a sua plenitude pelo professor de informática na época, e apoiado pela direção da escola, cedeu o espaço para que esse projeto inovador e humano pudesse nascer.

Foi algo realmente novo para os alunos, pré-adolescentes constantemente ligados às inovações da informática, todos acostumados a aprender e praticar em casa, no máximo ajudar algum colega de sala nas atividades. Mas, e ensinar? Será que estávamos prontos para isso?

Lembro-me como se fosse hoje, um desafio lançado em sala de aula, burburinhos por todos os lados, poderíamos nos tornar monitores! Passar de alunos para estarmos ao lado do nosso professor. Para mim que sempre gostei de estar envolvida nos projetos da escola, era algo realmente tentador.

E assim foi feito, no ano de 2002 alunos entre 5ª e 8ª séries da escola se colocaram a disposição como monitores, fiz a minha inscrição e para mim foi algo novo e emocionante, pois além do título e tratamento de 'monitora de informática', eu me tornei uma jovem, uma pré-adolescente mais humana, consciente de que a inovação estava tomando conta do mundo e que a terceira idade, e porque não dizer a melhor idade, tinha ânsia de acompanhar esse desenvolvimento além de ter o direito expresso de acompanhá-lo. É uma questão acima de tudo, de justiça mesmo! Afinal quem gerou e criou as pessoas que estavam desenvolvendo esse mundo tão avançado tecnologicamente?

As aulas eram planejadas pelo professor e nós recebíamos as orientações específicas sobre como e o que deveria ser repassado aos idosos, e verdadeiramente eram aulas de informática mesmo, claro que tudo muito básico no começo. Mas, tínhamos outros tipos de aulas: de respeito, de alegria, descontração, paciência, de cidadania, de crescimento como pessoa, aulas de auto superação e finalmente aulas de dignidade.

Era fantástico ver senhores e senhoras ansiosos para aprender a digitar, criar seus e-mails sozinhos, se comunicarem entre eles, com pessoas de longe, filhos, netos tudo isso através de e-mail e salas de bate-papo. Por diversas vezes presenciei caras de surpresa ao navegar com as senhoras em sites de receitas e de crochês. Por outras tantas percebi dificuldade e medo em suas expressões, mais estávamos lá para ensinar, dar segurança e demonstrar o quão grande era o carinho e respeito que eu e todos os monitores tínhamos pelos nossos alunos.

Era muito bom ver aquelas senhorinhas elaborando textos que serviriam de cartazes para vender seus artesanatos e outras atividades mais. Eu, enquanto pré-adolescente na época, fui questionada por alguns colegas de classe o porquê estava tão envolvida nesse projeto, afinal não ganhava nenhum pontinho por aquela atividade e, respondia que era porque eu gostava, sabia que o Projeto Integrando Gerações "Informática na Terceira Idade" estava beneficiando aos senhores e senhoras que estavam lá, mais não compreendia plenamente ainda, que esse projeto idealizado e criado e ministrado pelo meu professor, estava lapidando o meu caráter como ser humano a cada dia de aula e convivência."


Larissa Alves de Macedo, 20 anos, Guarulhos-SP, 2008. Ex–monitora de informática.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Depoimento espontâneo 02

“Quando entrei para a terceira idade, comecei a freqüentar o Centro de Convivência do Idoso central e, lá fiquei sabendo da parceria entre a Prefeitura Municipal e uma escola particular. Logo me interessei e, por influência de meus filhos e neta que já dominavam essa máquina, maravilhosa (depois fiquei sabendo que é uma máquina “burra”), que é o computador.

E foi nessa mesma época que a minha filha estava preparando a sua monografia na Faculdade de administração de empresas. Compramos a “máquina”. Foi assim que tomei conhecimento do Projeto Integrando Gerações, tendo o professor de informática como idealizador e autor, estando à frente de todo o trabalho. Ele, com todo o conhecimento e dedicação, só mais tarde fiquei sabendo que ele abraçou essa causa como voluntário.

De inicio, gostei muito do sistema: cada idoso (aluno) com um jovem (monitor de informática) e, que os monitores eram alunos que estudavam na escola e, tratando a todos os idosos com carinho e muito respeito. Me senti de volta ao passado, na escola como aluna. Tudo me alegrava, o tratamento amoroso e recíproco, principalmente pois, qual é o idoso que não fica se derretendo quando uma criança (como se fosse seu próprio neto) nos trata com carinho e igualdade? O entrosamento é total, o atendimento simples e sem formalidades, porém com muito respeito.

Para quem, como eu, que estava há anos longe da escola, foi tudo muito prazeroso. Me sinto entre amigos e apesar da diferença entre as gerações é como se fizéssemos parte de uma grande família, com os mesmos objetivos de aprender e crescer.

Esse projeto me dá a oportunidade de desenvolver meu intelecto (minhas capacidades estavam adormecidas) e de ocupar meu tempo de uma maneira proveitosa. Nesse clima de amor e fraternidade foram várias as vezes que o nosso projeto esteve concorrendo a diversos prêmios nacionais. Uma dessas alegrias foi muito grande quando ganhamos o premio no concurso Talentos da Maturidade no ano de 2004. O projeto recebeu o troféu merecido com a nossa participação e colaboração – alunos, monitores e organizadores.

Segundo o nosso professor de informática o projeto não teria ganho esse premio se não houvéssemos nós. É muito gratificante quando de uma maneira ou de outra colaboramos e somos colaborados, com uma parte, por menos que seja, para impulsionar o nosso próprio progresso intelectual e moral.

Tudo que é feito com organização e respeito, empenho e fraternidade é sempre coroado de êxito. Deus sempre nos ampara nas boas realizações para o bem do próximo. Eu, particularmente, tive muitos momentos felizes e emocionantes nesse projeto, aliás continuo tendo, mas existiram alguns que vale a pena ressaltar: na formatura da minha turma, fui escolhida para ser a oradora e graças a Deus não me saí tão mal. Com o projeto fizemos diversos passeios agradáveis e produtivos. Com muita alegria, nesses passeios, que o professor chama de aula técnica, e até um pouco surpresa constatei o antes e o agora em relação ao desenvolvimento da tecnologia.

Com esse projeto estamos constantemente recebendo benefícios e oportunidades que valem ouro. Antes de conhecer esse projeto a minha capacidade de lembrar exercitar a mente estava mais lenta, atualmente me sinto mais ativa, mais entrosada, nesses seis anos que participo. Esse projeto me proporciona a fazer o que mais gosto que é o de conviver com o próximo, de ajudar e ser ajudada, fazer amizades, além de desenvolver meu raciocínio, ocupar meu tempo com coisas úteis e que me dão prazer.

Sempre gostei de aproveitar as oportunidades que Deus me dá para aprender e crescer. Agradeço a oportunidade que esse projeto me oferece, pois isso tudo enriquece meus dias cada vez mais. Ajuda na minha realização pessoal e no exercício do convívio social. É muito gratificante pertencer ao Projeto Integrando Gerações “Informática na Terceira Idade”

Constança Mota Castello, 68 anos, aluna da terceira idade, Campo Grande-MS, 2007.

Depoimento espontâneo 01

“Para poder realizar um bom trabalho no projeto Integrando Gerações, foi necessário que eu me esforçasse muito.

Em vários aspectos o projeto mudou muito a minha vida, pois com ele aprendi a lidar melhor com pessoas de outras gerações, no caso, pessoas da terceira idade. Foi muito gratificante, ao final do ano, perceber que eu pude passar uma parte de meu conhecimento para alguém e saber que essa pessoa vai utilizar realmente esse conhecimento, devido ao mundo atual, onde praticamente tudo está relacionado à informática e tecnologia.

Além de eu poder passar meu conhecimento adiante, recebi em troca uma grande carga de conhecimento de uma pessoa mais experiente, com uma história de vida que é de se admirar. Além dos ganhos no sentido pessoal, fazer parte de um trabalho voluntário atualmente pesa muito nos currículos, pois uma pessoa que consegue se doar a outros é uma pessoa que tem mais facilidade de interação com o mundo ao seu redor.

Se tão somente os jovens tomassem essa iniciativa de participar de projetos e trabalhos voluntários, o mundo poderia ir se tornando cada vez melhor, pois no estado atual em que o mundo está, qualquer atitude, mesmo pequena, pode modificar a comunidade e as coisas ao seu redor. Também deveria haver um maior incentivo para a participação de jovens em projetos sociais, havendo assim uma integração de gerações, classes, etnias, o que faz com que toda a comunidade acabe ganhando, pois assim haveria pessoas capazes de lidar com as diferenças e seriam capazes de não só enxergar a si mesmas, mas também todo o contexto que a cerca.

Além de todas essas vantagens de quando se participa de um trabalho voluntário, ainda se é trabalhado o respeito, a união, a paciência e muitas vezes, no meu caso, passamos a dar um valor maior à vida porque ainda somos jovens e percebemos que pode ser feito muitas coisas para que o mundo seja melhor, através de nosso conhecimento e capacidade.

Se, pelo menos, os jovens de hoje tivessem essa consciência, que nós temos o poder de mudar o mundo através de um pequeno gesto como fazer parte de um trabalho voluntário, como é esse projeto, a vida se tornaria muito melhor para todos. Quando passamos nosso conhecimento de informática a uma pessoa idosa, estamos fazendo com que ela venha a fazer parte do nosso mundo, do nosso novo jeito de viver, usando computadores para poder estabelecer comunicação com pessoas de qualquer parte do mundo e também podemos fazer com que eles enxerguem o mar de possibilidades que há na internet, como pesquisar coisas para ajudar no dia-a-dia ou enviar e-mails para parentes que estão distantes e muitas vezes até mesmo encontrar alguém que não se via há anos.

Participar do projeto é uma experiência única e inesquecível que eu aconselho a todos, não só jovens, mas adultos ou qualquer pessoa que tiver oportunidade de desenvolver ou participar de um trabalho voluntário.”

Camila Dequech de Oliveira, 16 anos, monitora de informática, Campo Grande-MS,2007.

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