sábado, 25 de abril de 2009

Depoimento espontâneo 29

“Na minha visão esse projeto é uma das melhores ações sociais que eu já participei. Pois ele não só convida para que os jovens contribuam, que ensinem e compartilhem seu conhecimento. Mas também, ele faz com que haja uma troca de experiências, incentiva uma relação mais próxima entre o jovem e o idoso, “monitor” e “aluno” e, com isso um pode ensinar o outro o que sabe, restando uma relação amigável e não só de interesses.

Tendo um vínculo maior entre o idoso e o jovem (o aluno e o monitor) traz um bom relacionamento na hora do trabalho. Pode tirar uma má impressão de quando se conheceram e daí se conhecerem melhor, pois assim um poderá ajudar o outro, e ter uma relação mútua de aprendizado, um trazendo a tecnologia e o outro a experiência, não só de vida, mas de uma curiosidade sobre o que mudou ao longo do tempo e que o jovem não pôde presenciar.

Fiz a minha inscrição nesse projeto por perceber que era uma proposta que mais se necessita nos dias de hoje: A inclusão do idoso na tecnologia atual, a informática.

Para ajudar a levar a frente um trabalho que não só ficaria na sala de aula, mas sim se passaria de amigo para amigo, e de conversa em conversa, se iria longe mostrando que não só porque ele é mais velho, ou porque ele não presenciou quando jovem, essa tecnologia toda que temos hoje, que ele está ultrapassado. Pois se perceberem que o idoso, ou que ate o avô e a avó em casa, sabem pelo menos o básico de que o mundo necessita nos dias atuais ele passaria a ser visto de outra maneira e já não seria deixado para trás por não conhecerem a tecnologia.

Depois que entrei nesse projeto percebi que mudou algo no meu modo de ver as pessoas mais velhas. Pois com um relacionamento maior, conhecendo a vida deles, as discriminações sofridas, as dificuldades com a tecnologia, você passa a ver com outros olhos. Eu comecei a reparar que há mesmo uma discriminação com as pessoas que não são atualizadas, mas não porque não querem, mas sim por causa de alguma deficiência ou outro problema que o impediu de aprender antes o que eles necessitam agora. E que os outros não param para ver isso, ou para entender, e que só com uma relação maior com o problema é que isso vai mudar.

Recebi muito incentivo dos meus pais, amigos e da própria escola, para entrar no projeto, me apoiando, me levando as aulas, e me estimulando, criando uma força de vontade própria. Nunca pensei que ia ser tão gratificante trabalhar com pessoas que precisam do meu conhecimento para melhorar o próprio dia a dia. Por isso que eu acho que os jovens têm que se envolver mais no mundo do voluntariado, no do aprendizado, e tem que se investir de alguma forma na integração do jovem com o mundo em geral, com campanhas para que os jovens possam construir um amanhã diferente, com solidariedade. Porque o jovem tem disposição para ensinar e o idoso tem tempo para aprender.”

Paulo Alberto da Silva Souza, 15 anos, monitor de informática, Campo Grande-MS, 2007.

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